terça-feira, 19 de julho de 2011

Latência.


Promessa é dívida.




 Como disse há uns dois
posts atrás, aqui está 
a imagem da menina com o lobo.
Fiz em preto e branco mesmo.



A original pode ser conferida aqui.



Aliás, esses últimos dias estão em tons mais acinzentados mesmo.

Tudo está num ritmo mais leeento, as pessoas só correm para se entocar em casa embaixo de uma coberta para assistir a um filme, ler um bom livro ou colocar o sono em dia.

Os projetos estão naquela fase que já se depositou a confiança necessária, fez toda a semeadura, regou e só resta mesmo esperar.


Em botânica esse estado da semente antes de brotar é chamado de latência,  que significa a espera da semente pelo melhor momento para dar as caras.


Assim nas fases finais da maturação, a semente entra nesse estado que pode surgir por qualquer mudança ou restrição, nas condições ambientais ideais. E mesmo que  não haja motivo algum,  ela pode simplesmente esperar. Saca, é como se ela esperasse a melhor oportunidade para dar o melhor de si.

O curioso é que esse mecanismo é via de regra
 nas espécies silvestres e pouco comum naquelas
 domesticadas pelo homem. Sábia natureza.

Esse tempo cinza, penso eu, é importantíssimo para mais tarde
poder ver os projetos funcionando, germinando mesmo.

 É preciso deixar as coisas seguirem seu curso,
 permitir que essa sabedoria que a tudo rege,
 faça sua parte.

Inspirar-se nas sementes que não ficam ansiosas ou preocupadas em saber
a hora certa de germinar.Elas naturalmente sabem que o melhor é esperar.

Quando for o momento certo, será.


4 comentários:

  1. Luize, teu trabalho é belíssimo e a postura poética que tens em ralação a ele é bem profunda. Não uso roupa com estampas de nenhuma natureza, mas se resolves fazer alguma coisa para colocar numa parede, me avisa que vou querer. Parabéns!

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  2. O teu trabalho ficou muito bom Luize,a menina e o lobo estão em harmonia, não da pra saber exatamente onde começa um e termina o outro...
    Gostei muito do que você escreveu, tive que ler duas vezes, primeiro normal sem interpretar e depois buscando entender o sentido daquilo que não está explícito, mas que voce também quis dizer...


    "A natureza não faz nada bruscamente."
    Jean Baptiste Lamarck

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  3. Parabéns Luize, adorei as camisetas que faz.
    Trabalho maravilhoso!

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